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Mostrando postagens de setembro, 2024

30/09/2024

Eu não sei em que direção as coisas estão indo. Por um breve momento a preocupação bateu e me perdi em meus devaneios. Um terço de tudo sem a metade que falta faz dessa balança tão injusta, não há equilíbrio algum. E mesmo que agora tudo se torne complexo, sei que não posso afundar sem o peso devido. A coragem que me trouxe é a mesma que me faz ficar. A responsabilidade que eu tenho não vai mudar mesmo que o medo venha se abater sobre mim. E nesse ritmo eu sou levado, seguindo a composição melódica da música que me paralisa. Não me faça duvidar assim, porque por mais que eu queira tomar outro caminho, essa corda ainda me puxa mais para a beirada. Adentrando nesse mar escuro, as correntezas me cansam ... estou ficando sem ar e hoje a lua não está lá. 

20/09/2024

Não tenho o que dizer, pois é apenas uma pequena ilusão minha. Ultrapassei as regras e permiti que toda essa bagunça acontecesse, agora a única maneira de consertar é cortando tudo. É um mar tranquilo que foi atingido por uma pedra e as ondulações foram suficiente para um alerta nível alto. Só estou terminando essa linha, esquecendo o processo e o resultado não é mais tão relevante. Essa é uma despedida porque a corrida chegou ao final.

19/09/2024

Porque as coisas me fizeram duvidar, porque as tempestades me acertavam em cheio. Porque quando eu pensava que estava tudo indo bem, eu acordava repentinamente no meio do sono. As vezes me questiono, me questiono porque tudo era como um balde de água fria sobre minha cabeça. Meu humor sempre tomou as rédeas e nas sensações sombrias minha instabilidade suprimia qualquer coisa. Quantas vezes eu perdi, perdi porque o melhor controle era a autossabotagem. Me manter raciocinando sempre veio com um preço de me desfazer. 

18/09/2024

Não diga que as coisas são simplesmente as mesmas, pois houve muita diferença entre o antes e o depois. Regras que foram quebradas e ideias desvalorizadas, me diga se isso é loucura ou o quanto de esforço tenho dado? Andando sobre a ponte me sinto tão inseguro, quando olho para a água me assusto com a visão que tenho tentado negar. Estou sendo oprimido pelos meus pensamentos, vagando nessa ilha que é projeto de sonhos abandonados. Sobre uma corda fina não me diga que estou buscando a morte. 

DESAMPARADO

As vezes você se sente desamparado, não aquele de abandonado, mas aquele de impotente. As vezes você é como uma rosa cheia de espinhos seguindo o lema de matar mil em troca de se ferir oitocentos. Não recuamos e agora é como se houvesse uma porta de ferro entre nós. Você chora, mas eu também quero chorar, porém não ouso desfazer dessa fachada fria. Combinamos tanto e ao mesmo tempo somos opostos irreversíveis e ao longo dos anos é como se não houvesse mais sentido naquilo que faço. As coisas não são mais as mesmas, porém, sinto que a flecha só torna o machucado mais fundo.

16/09/2024

As vezes você pensa por que age tão irracional? É tudo uma questão de ótica, onde você não se limita aos seus três pontos de visões. É um alarido repentino, uma guerra sem causa, mas é engano seu. Você se pergunta por que insiste? E acontence que você não tem uma resposta objetiva para dar, mas é tudo o que você pode entregar. Faça uma comoção aqui e um burburinho ali de qualquer forma é você que carregará a fama. Não se questione por que é assim agora? Saiba que ser insuportável é um título com suas consequências e gostando ou não, você escolhe pagar esse preço. 

05/09/2024

Dessa vez eu não tenho palavras, dessa vez eu não encontro uma razão. Mas mesmo assim esse sentimento permanece. Não é solidão, é só tristeza mesmo. Por que eu me sinto assim? Deveria estar tudo bem, mas tão repentinamente se junta tantas coisas que eu não consigo sequer expressar o que é tudo isso. Eu olho para um lado e depois para o outro e ainda continuo vendo azul, mas eu amo azul, só não quero essa tristeza. Se eu olho e vejo outro cor, logo ela se torna cinza porque continua bloqueada para mim.

LINHAS DO TEMPO

Nossas linhas do tempo não se cruzam. Eu vivo de lembranças e você de momentos. Me apego ao passado enquanto você se despede dele. Sinto que andamos vias contrárias, nossas mãos não podem se tocar porque enquanto você acelera eu retrocedo. Desde o início esteve sempre perceptível mas ainda assim insisti, insisti em andar nessa separação. Era apenas o reflexo mas ainda não posso largar. Era apenas um sorriso que não pode ser desmanchado. É uma linha que nos divide, mas dessa linha não temos controle. Era vago mas não ausente. Eu sempre sigo atrás, não sei quando isso irá mudar, você segue em frente e está tudo bem porque eu não posso te acompanhar e no fim essa caminhada nunca foi sobre nós. Porque o tempo nos separa dessa forma? Viemos de estações passageiras, mantivemos contato fora de época mas ainda sim não foi ruim, acontece que cada um tem que voltar a sua linha de volta. Eu desejo-lhe bem daqui e daí eu espero que você seja constante assim como nasceu para ser, olhe para frente e...

04/09/2024

Eu me pergunto tantas vezes a mesma coisa, vivo pensando e voltando a mesma estaca. Quero dar meus passos, no entanto, paro e repenso se é isso mesmo que quero. Quer eu faça algo ou não, não diminui em nada essa sensação aqui dentro. Você diz que sufoca? Eu também não sei dizer qual seria a resposta. As vezes é como se eu quisesse correr haha, mas não seu qual direção seguir se é para perto ou para longe porque no fim das contas eu quero as duas. Eu sei que eu só posso escolher uma delas, e uma delas me trará crise enquanto a outra alívio. Então, muitos dirão: escolha aquele que te fará melhor, mas a questão não é o resultado final mas o que o processo tem a oferecer. Eu não queria andar em círculos porém não tenho a minha própria forma geométrica. 

A BONECA

Ela era a dona de uma boneca, uma boneca que pertencia somente a ela. Uma marionete quase perfeita, seus movimentos tão rígidos não encobria tal beleza. Mas a aversão atípica da falta de vida descontruia todo o cenário. Ela deveria ouvir os seus comandos, mas por um erro a garotinha deu a liberdade para a tão amada boneca que nem sequer olhou para trás quando correu mata a fora. As cordas foram quebradas e não se sabia se as lágrimas que a menina derramava eram de arrependimento ou ódio. Ela poderia tentar assumir as rédeas e deixá-la enjaulada pagando o preço por tal desobediência, mas ela parou no caminho como se milhares de lança estivessem atravessando seu corpo, o grito ecoou assustando a todos, mas havia apenas ela ali e ao longe os passos trêmulas da pequena boneca que ainda não olhou para trás e seguiu em frente agarrando a chance de sair daquela escuridão. A garotinha queria destruir sua tão amada marionete e depois reconstruir novamente, afinal era seu brinquedo mas agora ela...